Em Filosofia o professor pediu para escrevermos sobre o "caracol". Disse que era um tema esquisito mas que podia dar asas à imaginação.
Eu escrevi:
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"Sou eu o que no mundo se esconde nas noites porque nas noites consigo ouvir a melodia da música na minha mente. Eu sou a metáfora, estou dentro da minha caixa, sou um mundo, ando em busca de algo que não quer ser encontrado mas que já me encontrou.
Lentamente vivo, ultrapassando os limites da realidade mas "a loucura é a máscara fatal para atingirmos a liberdade" Freud.
Sou um sonho que ainda está para ser desvendado, mas para quê descobrir o meu interior se eu estou coberto por uma carapaça?
"Poucos homens estão sujeitos à servidão; são muitos mais os que a ela se entregam voluntariamente" Séneca.
A minha beleza é interior mas para quê descer até ao meu profundo ser se ainda ninguém descobriu que eu existo?
Um dia libertar-me-ei do meu esconderijo e transformar-me-ei numa águia real".
Magna, 26.01.1997